Lista de textos selecionados para compor a antologia "Da ilha dos Livres", da Sociedade dos Jovens Escritores:

Hal Wildson:
A história de um homem que se perdeu na história
Adenil da Costa:
Minúscula chama
Silvio César:
Coração Sertão
Suicídio por engano
Maressa:
Gosto de gostar do gostar
Daniel Leite:
Filhos
Espada
Canção da Despedida
Gláucia Rocha:
Sonhos
Errante
Tempestade interior
Lágrimas amargas
Posse
Desfecho

Como não atingiu um número suficiente de textos para serem publicados, logo será aberto novo prazo para novas inscrições.

Sem Jeito Maria

Dizia Maria...

frente ao espelho

Pensava Maria...

a caminho

Calava-se Maria...

ao chegar

Voltava Maria...

com o silêncio

E, outro dia,

Dizia Maria

Pensava Maria

Calava-se Maria.

Voltava Maria

Sempre...

Dizia, Pensava, Calava-se, Voltava.

E, mais um dia...

Dizia, pensava, calava-se Maria

Voltando Maria...

Pobre Maria

Morre Maria

E não sabe-se o que queria

Pobre Maria,

Ninguém a via!

Simples e avesso

Os dias, as noites se vão.

E o luto? Constante!

Luto de amor dissipado,

De não ser luto, luto enganado,

Momentos em vão!

Gosto amargo, desde então,

Das rodas que rodam:

A Vida!

Que mais gira em volta de si

Que mais padece e gira,

Roda, contra roda,

Inverte a corrente,

Põe do avesso a engrenagem de ser, e vive por assim dizer: loucura

E cada passo é um regresso.

Meio retrocesso

Num processo

Sem progresso

Apenas regresso, regresso, regresso...

Quase deixando de existir.

Ou sentir.

Sons

Caí a chuva.

Chuva mansa

chuuuuuuuuuva.

Chuva brava

chuvaaaaaaaaa.

Junto a ela

o trovÃo,

o rAio.

Começa o vento

asssssssssoprar.

Limpa o céu.

aparece o sOl.

Depois dele,

leeeeeeeeerdiiiiiiiiinha

chega a lUa.

Hora de dormir

Zzzzzzzzz. 

Dúvidas

Sonhei e acordei.

ou

Acordei e sonhei?

Posso:

Acordar e sonhar.

ou

Sonhar e acordar?

Tantas dúvidas!

Pois então,

Penso logo existo.

ou

Existo logo penso?

Por que tantas reflexões?

É só viver.

ou

É viver só?

Não sei!

Só sei que nada sei.

ou

Sei nada porque só sei?

Melhor parar.

Antes que enlouqueça.

ou

já sou louco?

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa

DEVANEIO

Já está à venda o Romance Devaneio. Ele pode ser adquirido pelo site da editora:

http://www.biblioteca24x7.com.br/

Abaixo a sinopse:

... Devaneios...
"Demorou perceber tudo o que estava acontecendo. Eu sabia que aquele amor me matava aos poucos, e aos poucos eu me desprendia daquilo que acreditava. Às vezes eu imaginava como era o sabor da morte. Seria como um sonho; fechavam-se os olhos e viajava-se nas dimensões do desconhecido? Ou seria como uma sessão de tortura? O que eu não esperava era que a minha morte fosse o segredo da minha existência. Será se todos morrem assim; desaparecendo-se aos poucos? A minha era a morte mais lenta e cruel, disso eu tinha certeza."
Bastou conhecer Beatrice para que Fred se descobrisse totalmente dependente daquele amor: Beatrice era o segredo da sua existência. Mas seus Devaneios não o deixam enxergar os mistérios que se escondem por trás daquele romance. Vida, morte, razão e loucura: tudo se perde no infinito dos seus Devaneios.

... Delírios...
“Delirei em meus anseios de um amor não correspondido. Pensei nas palavras não ditas, nos beijos não dados. Os beijos. Tanto desejei-os. Só os tinha nos sonhos de todas as noites. E ainda que não reais, guardava-os como uma lembrança doce daquela que amei”.
O mundo de Rafael começou a girar em torno de Aline assim que ele descobriu sentir uma paixão avassaladora por ela. Surge então a difícil tarefa de conquistá-la. Mas o que fazer quando o amor se torna a causa da sua cegueira?

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Nossos Passos

Seus passos,

Não eram meus passos.

Seguiam-me.

Vinham atrás.

Seus passos,

Alcançaram meus passos,

Acompanharam-me

Vinham...

Dançaram...

Bailaram...

Amaram...

Tornaram a dançar...

Bailar...

Amar...

A música acabou...

Perdi o ritmo.

Meus passos,

Não eram seus passos.

Seguiam-te.

Iam atrás.

Chamada para publicação

A Sociedade dos Jovens Escritores da UFMT/CUA torna público a abertura das inscrições para a 1ª Antologia do grupo, com nome ainda a ser definido.
1) Serão 30 vagas ao todo, sendo que 15 estão destinadas aos escritores da Sociedade, e as outras 15 serão abertas para qualquer escritor/poeta que estude em algum dos campi da Universidade Federal de Mato Grosso (Araguaia, Cuiabá, Rondonópolis e Sinop). Os textos deverão ser em língua Portuguesa. O prazo para inscrever-se é do dia 17 ao dia 31 de outubro de 2011. A antologia será editada por nome de autor em ordem alfabética. O tema é livre, e o livro deverá ser publicado pela CBJE, com lançamento previsto para Novembro/Dezembro de 2011.
2) O autor poderá inscrever-se com poesias, contos ou crônicas, e cada escritor terá na Antologia um total de cinco páginas.
3) O único requisito para participação do autor é a aquisição de pelo menos um exemplar do livro, que custará entre R$ 25 e R$ 30 reais.
4) Caso haja mais de 30 inscritos, os autores, juntamente com os textos, passarão por um processo seletivo, com os mesmos requisitos de um concurso literário, onde os colaboradores da Sociedade dos Jovens Escritores (professores, mestres e doutores da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia) deverão ser o júri e definirá os autores que serão publicados.
5) Não haverá reservas de vagas. Não haverá seção de direitos autorais.
6) Caso os textos enviados pelo autor ultrapassem as cinco páginas, o autor deverá diminuí-los ou selecionar novos textos até conseguir enquadrá-los ao número de páginas estipulados. Caso sinta necessidade, poderá contar com a ajuda dos colaboradores, que são especialistas em Literatura, para ajudar na seleção.
7) Os autores responderão sobre plágio, publicação não-autorizada, ficando a editora e a Sociedade dos Jovens Escritores da UFMT/CUA isentos de qualquer acusação.
8) Os autores da Sociedade receberão os exemplares na data do lançamento. Os demais deverão encaminhar os respectivos endereços para que o livro seja encaminhado pelos correios, após seu lançamento (prazo máximo de 30 dias). A despesa com o envio fica sob responsabilidade do autor, podendo ser pago após o lançamento da antologia, e conforme a via escolhida para envio (SEDEX ou PAC).
9) As inscrições para participação deverão ser feias pelo endereço eletrônico sociedadedojovemescritor@gmail.com, encaminhando os textos, o nome, CPF, endereço, email, telefone, e o número de exemplares que deseja adquirir (mínimo de um exemplar) em um único arquivo anexado.
10) O valor da Antologia não ultrapassará a R$ 30 reais.
11) O valor de cada exemplar será divulgado após o encerramento das inscrições, quando o material já estiver selecionado e o livro for diagramado pela editora. Após a divulgação desse valor, cada autor deverá fazer seu pagamento em até sete dias, depositando o valor total dos livros. As despesas com frete para envio pelos correios poderão ser depositadas após o lançamento do livro.
12) A conta corrente para depósito é: Banco do Brasil – Ag: 0571-1 / conta: 42.045-X / Titular: Daniel L. Almeida.
13) O depósito deverá ser identificado com nome e/ou CPF, e os comprovantes deverão ser escaneados e encaminhados ao endereço de email das inscrições.
14) Caso o autor não pague o seu exemplar no prazo previsto, sua vaga será destinada a outros que não foram contemplados, ou, caso não haja escritores inscritos que não tenha sido contemplado, o livro será publicado com um número menor de autores.
15) Ao fazer a sua inscrição o Autor está ciente e concorda com todas as regras, comprometendo cumprir os requisitos para publicação.
16) Os casos omissos serão decididos pela equipe de Execução da Sociedade dos Jovens Escritores (colaboradores e coordenadores). Caso a equipe de execução não encontre qualidade literária em algum texto, cabe a ela decidir a não-publicação do mesmo na antologia.
17) O Título deverá ser escolhido nas próximas semanas pela Sociedade dos Jovens Escritores da UFMT/CUA.


Barra do Garças, 16 de Outubro de 2011.

Pálida vida

De onde vem a chaga calar meu peito?

O véu puro que finda suspiros,

 demora a porta bater.

Nenhum encanto,

no olhar sorrisos traz.

Vem calma, branda,

lhe dá um suspiro e sorri.

Já calada a alma,

Indiferenças não vê,

se houve pranto ou canto.

Que diferença faz?

Fará?

Já fez?

Importa o bem viver quando traído?

Quando traído,

o bem não vive.

Quando abandonado,

rabisca palavras.

Crônica x Conto

Foi proposto para nosso próximo encontro, dia 21-09, uma discussão
sobre as diferenças e similaridades entre contos e crônicas.

A coordenadora do grupo, Professora Raimunda, junto com o elaborador do projeto Daniel e a bolsista Aryanna, irão por meio de apresentações de power point, vídeos e etc, demonstrar as dúvidas recorrentes que permeiam esses dois peculiares estilos literários. Esperamos também que os inscritos no projeto participem e não deixem de colaborar discutindo e levantando questões.

Contamos com a presença de todos!

Comunicado

No encontro do projeto Sociedade dos Jovens Escritores, de quarta-feira dia 14 de setembro - o primeiro após a greve - participantes do grupo decidiram o horário e o dia da semana para nossas reuniões. Os encontros serão das 18:00 às 19:00 horas todas as quartas-feiras. Quem tiver interesse em participar do projeto e ainda não tiver efetuado o cadastro, procure por Aryanna ou Daniel do 5 semestre de Letras ou contate-nos por e-mail:

aryannamarah@hotmail.com

leitealmeidadaniel@hotmail.com

Mundo Poeta

Viemos ao mundo para deixá-lo marcado

Com o lápis e papel

espadas e tamborins

Somos a marca que o mundo precisa!

O sorriso e a lágrima do artista...

O outrora das lamentações...

A lira de todas canções...

Viemos ao mundo para fazê-lo ser

Da gente!

Oração

Oração:

Que as palavras do meu Coração saiam como gotas, e que reguem as flores que já secaram, amém!

Rabiscos

Pensar em nada
Escrever por escrever
Talvez não vala a pena
Escrever sem motivos
Rabiscar um papel
Mas rabiscos somos todos
E cada traço que nos compõe
Se não são linhas
São interrogações
A vida nos rabisca
Nos resenha
Nos rascunha
Nos escreve
Nos faz caracteres
Quadro sem molde
Sem forma, sem nitidez
Somos traços
Rabiscos perdidos na arte
Porque a vida é um artista
E nós sua obra-prima

Até a dança acabar

Tantas noites.

Tantos amores.

Então!

Você apareceu,

me envolveu,

em meus braços, gemeu.

Como um cego,

querendo enxergar,

fitei em ti o olhar.

Não era hora para amar...

Tantas noites...

Tantos amores...

Até a dança acabar.

Dos sonhos que não vivi

Dos sonhos que não vivi,

Não vivi.

Viveu o poeta,

ateu e pateta.

Ateu no amor.

Pateta na dor.

Amor que parece não crer.

Dor que sabe não ter.

Você passar

Nem vi o dia passando

vendo você passar.

Nem vi a noite passando

esperando você voltar.

Dia sem graça,

noite sem graça,

quando não vejo seu caminhar.

Vem! Deixa eu ver você desfilar.

PENSAMENTO...

"... O AMOR PODE NÃO EXISTIR;

MAS A CUMPLICIDADE É ALGO IMPOSSÍVEL

DE SE ABRIR MÃO"!

SENTIDOS

Há renovação e devaneios ébrios de Amor...

Atos imensuráveis de puro júbilo

elevam o esmero.

Sentir íntegro de conhecimentos legítimos...

Desnorteio divino e decadênte

por ser céptico.

Não há nada além de aflição virtuosa...

É prestígio, desatino...

São sentidos!

Beijo

Sinta o gosto amargo do veneno
A pálida face, os calafrios
Respire fundo e perceba
Que os portões pulmonares se fecham
Sufoca-te o ar.
Dilata as pupilas
As mãos trêmulas pedem socorro
O amargo fel do veneno
Mistura-se ao sombrio e cruel
Desespero daquilo que se perde
Veja uma luz vaga ao longe
Ouves algo?
Vozes talvez?
São lembranças que acusam
Os sonhos estrangulados na infância

Um beijo encharcado de morte
Rápido, fatal
Mas não morres do veneno
Um cadáver já habitava em ti
E só agora pediu a licença
E a morte se oficializa
Só foi preciso um beijo
Nada mais.

Digo adeus
À mim
À ti
À nós dois.

Pedra Bruta

Pedra bruta,

dura,

seca.

Pedaço morto,

oco,

tosco.

Órgão inerte,

peste,

cerne.

Mal dado,

frio,

sepultado.

Não amarás,

arderás,

viverás.

Redundância

No Vago vazio

do Vagão

que Vago,

Vaguei

uma Vaga

para você.

Passageira

Passeante

Que Eras

Passeou,

de passagem,

pelo Passeio

que Ofereci.

Maquinista que Fui

Maquinei,

Maquinalmente,

uma máquina

que maquinasse

Você a Me amar.

Arquiteta esperta,

Arquitetou

um arquiteto

que não deixasse

a arquitetura ruir

ao amor.

Entristecido

pela tristeza

da triste indiferença.

Vi que não Ficastes triste,

nem tristeza

sentistes

por Me ver

Entristecido.

Cena

Luz! Câmera! Ação...

...

...

...

Esqueci minha fala.

pensei em você...

PENSAMENTO...

Criticas minha autoria,
de ninguém eu copiei.
Falas alto, grita comigo...
Por Amor, perdoarei!

FARSA

Nunca houve Amor...
Não houve verdade, integridade;

Houve caminhos pérfidos...
Caminhos supéfluos, infames;

Nunca houve nós...
Não houve profecia, nem destino;

Houve mentiras incontestáveis...
Exposições evasivas, consciência facínora;

Houve desprestígio...
Foi farsa!

O ser escritor

... E de repente encontramos o nosso refúgio: um lugar onde nos abrigamos sem medo, perdendo-se nas linhas da arte para se encontrar - a lei do contraste poético. Assim somos nós: escritores da vida. Não é fácil - talvez seja até impossível - descrever em toda essência o que é ser Escritor, mesmo porque ele é um ser que abriga vários outros seres dentro de si, e que ninguém vê enquanto não é materializado em seus escritos. Mas como nasce esse artista? Acredito - essas crenças são minhas e nego mudá-las enquanto assim me convir - que as palavras já nascem com eles e um dia simplesmente saem, assim, sem nenhuma explicação. Como prender dentro de si algo que tem vida própria? Impossível! Basta saber o que acontece depois que essas palavras saem voando na atmosfera do desconhecido: Serão elas que moldam o artista? Ou o artista que as molda? Disso não sei. É como aquela pergunta do ovo e da galinha: qual nasceu primeiro? Cada um tem sua tese. Não há manual que consiga explicar o Ser escritor, pois o escritor é um Ser que perambula em um universo enigmático, que só ele conhece, só ele ama, só ele vive, só ele mata. O ser escritor é rima misturada ao choro, alegria misturada à poesia. O ser escritor é abrigar vários personagens - eis aqui a resposta do porquê existirem tantos heterônimos de Fernando Pessoa: talvez ele quisesse libertar os vários "eus" que viviam dentro dele. O ser escritor é mais que SER. É sentir, viver, tocar, apanhar as palavras e fazer delas um banquete ao universo literário.

Pensamento...

Retiro de mim o vazio,
preencho com Amor e atenção.
Doo alegria a quem não tem
num suspiro de emoção.

A LÁGRIMA DE UM ADEUS

E meu amado o que diria se eu partisse?
E se estes versos não ouvissem?
O que teria em seus braços senão um vazio desnorteante,
repleto de culpa e delírios sufocantes?

Faltaria, porém, a delicadeza dos gestos,
a loucura, os encantos e a razão,
que transformam uma vida sem graça
em Amor e Paixão!

Mas não tema o meu amor
que esse sentimento desapareça,
pois ele é amado ao mesmo tempo,
por um corpo e uma cabeça.

O corpo ele pode abraçar, beijar,
fazer do corpo mulher.
Mas a cabeça o possui, manipula e enlouquece,
fazendo com ele até mesmo o que não merece.

Haja o que houver, do meu Amor
esse homem foi o rei.
Digam a ele que eu sempre o amarei.

A lágrima deste adeus testemunha
que eu o amei perdidamente.

Assinei com minhas lágrimas
cada verso que a ti escrevi,
como se fossem gotas de orvalho
de um toque único que nunca senti.

O grande encontro

Convidamos todos os interessados em participar do projeto Sociedade do Jovem Escritor, para nossa  proxima reunião que se realizará Terça-feira dia 07/06 às 20:30 hs, no Espaço de Convivência do Campus II em Barra do Garças - MT.

Contamos com a sua presença!

A IMPORTANCIA DO ACESSO NO DESPERTAR DO LEITOR

Neste mundo hodierno, onde a leitura enfrenta tanta concorrência como a da internet, a TV, o MSN, o twitter etc., todos meios de instantâneo acesso. A leitura de obras literárias, livros, jornais ou boas revistas tem perdido fôlego, seja pelas suas peculiaridades, tais como a materialidade – já li muito em tela de computador e é cansativo e desestimulante - a dificuldade de acesso pela baixa disponibilidade de livros a população, a alta concentração necessária ao mergulho e eficaz depreensão da coisa lida, ou, até mesmo pela dificuldade de encontrar alguém que se possa comentar ou discutir um livro ou autor, tornaram a prática da leitura mais rara e seleta, sempre digo que: só os melhores são leitores.

Apesar da aparente ou real diminuição da leitura, quando digo leitura, sempre digo da boa leitura, a nossa sociedade ainda não possui outra forma de armazenar conhecimentos, desde o surgimento do papiro na China, e no Egito, alias, antes disto, com as tábuas de argila dos sumérios e babilônicos; tudo o que viveu a humanidade foi codificados nas diversas formas de escrita produzidas pelo intelecto do homem sapiens.

Hoje, com a grande revolução do conhecimento, temos a internet que se alvora a ter dentro de seus infinitos bytes tudo o que foi codificado antes em nosso globo, empresas gigantes como GOOGLE, MICROSOFT, AMAZON, UOL etc, estão em uma corrida desenfreada para ver quem terá o domínio do maior acervo de conhecimento, afinal o maior fatalmente engolirá os menores, pois o conhecimento sempre flui do menor para o maior, esta empresa será a verdadeira regente do mundo. Reparem que, a internet é composta em sua gigantesca maioria de textos escritos, portanto a leitura ainda é a ferramenta maior e mais moderna para a busca do conhecimento.

Toda a vez que se fala sobre leitura, absorção de conhecimentos e desejo genuíno de ler, surge a questão de como fazer nossas crianças desenvolverem o hábito e o prazer pela leitura.

Existem muitos e variados modos de incutir o desejo de ler, mas gostaria de falar rapidamente, em como isto aconteceu comigo. Em casa, aprendi e apaixonei-me pela leitura por uma razão biológica, minha mãe lia muito, meus irmãos sempre leram bastante, sempre havia alguém com uma revista ou livro no colo, havia e há abundância de livros, revistas, gibis, enciclopédias com suas fotos, cores e fatos maravilhosos, a música sempre foi de primeira, as musicas exigiam letra, melodia e arranjos ricos e harmoniosos, tropeçava-se em livros, tínhamos sempre gibis e a revista da semana no banheiro, debaixo da cama, a leitura na ora de deitar tornou-se um salutar hábito; retomando a razão biológica o que aconteceu comigo e é o que espero que aconteça com meus filhos é que aprendam a ler por OSMOSE, sugiro a todos que desejam que seus filhos, amigos, irmãos, se tornem leitores que sempre tenham diversos e variados tipos de leitura a disposição para todos em suas casas, locais de trabalho etc., afinal só aprendemos a gostar do que está disponível.

Convite

Poetas, escritores e interessados, inscrevam-se e participem do curso de extenção "Sociedade do Jovem Escritor".  O primeiro encontro será no dia 1 de junho, no Campus II da UFMT/CUA, na sala 213 do prédio amarelo, à direita de quem entra na guarita, às 8:30 da manhã. O curso terá carga horária total de 70 horas  e é aberto para todos os cursos.