segunda-feira, 25 de julho de 2011

SENTIDOS

Há renovação e devaneios ébrios de Amor...

Atos imensuráveis de puro júbilo

elevam o esmero.


Sentir íntegro de conhecimentos legítimos...

Desnorteio divino e decadênte

por ser céptico.


Não há nada além de aflição virtuosa...

É prestígio, desatino...

São sentidos!





sábado, 23 de julho de 2011

Beijo



Sinta o gosto amargo do veneno
A pálida face, os calafrios
Respire fundo e perceba
Que os portões pulmonares se fecham
Sufoca-te o ar.
Dilata as pupilas
As mãos trêmulas pedem socorro
O amargo fel do veneno
Mistura-se ao sombrio e cruel
Desespero daquilo que se perde
Veja uma luz vaga ao longe
Ouves algo?
Vozes talvez?
São lembranças que acusam
Os sonhos estrangulados na infância

Um beijo encharcado de morte
Rápido, fatal
Mas não morres do veneno
Um cadáver já habitava em ti
E só agora pediu a licença
E a morte se oficializa
Só foi preciso um beijo
Nada mais.

Digo adeus
À mim
À ti
À nós dois.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pedra Bruta

Pedra bruta,
dura,
seca.
Pedaço morto,
oco,
tosco.
Órgão inerte,
peste,
cerne.
Mal dado,
frio,
sepultado.
Não amarás,
arderás,
viverás.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Redundância

No Vago vazio
do Vagão
que Vago,
Vaguei
uma Vaga
para você.

Passageira
Passeante
Que Eras
Passeou,
de passagem,
pelo Passeio
que Ofereci.

Maquinista que Fui
Maquinei,
Maquinalmente,
uma máquina
que maquinasse
Você a Me amar.

Arquiteta esperta,
Arquitetou
um arquiteto
que não deixasse
a arquitetura ruir
ao amor.

Entristecido
pela tristeza
da triste indiferença.
Vi que não Ficastes triste,
nem tristeza
sentistes
por Me ver
Entristecido.

quarta-feira, 6 de julho de 2011